Quais fatores afetam a qualidade da carne?

Os fatores que afetam a qualidade da carne são inúmeros, mas podem ser divididos em fatores pré e pós-abate. No primeiro, estão inclusos a categoria sexual, a raça, o sistema alimentar, condição corporal, idade e o manejo com os animais. Os fatores pós-abate podem ser representados pelas condições de resfriamento, tempo de maturação (carne acondicionada resfriada entre 0 a 4ºC), método de pendura, estimulação elétrica e métodos de preparo.

Estes fatores influenciam os níveis dos atributos organolépticos como a maciez, o sabor e a suculência da carne. Uma carne saborosa, suculenta e macia é o resultado de uma série de fatores complexos desde a concepção do animal até o preparo da carne.

Um antigo problema dos consumidores é selecionar uma carne e escolher um método de preparo apropriado. O corte proveniente de animais com características favoráveis (fêmea ou castrado; bons cruzamentos raciais; bom plano nutricional; jovens; condição corporal e manejos adequados) e com as melhores práticas na indústria aumentam as possibilidades de preparo. Por exemplo, o coxão duro maturado de animais excepcionais podem proporcionar boa experiência aos consumidores quando preparados grelhados e assados, caso contrário, a única indicação do coxão duro pode ser apenas em ensopados.

Uma carne saborosa, suculenta e macia é o resultado de uma série de fatores complexos desde a concepção do animal até o preparo da carne

Como identificar estas carnes de qualidade diferenciada no varejo?

Infelizmente ainda não é possível garantir a qualidade para todos os cortes cárneos, mas algumas marcas de carnes conseguem de forma satisfatória oferecer melhores produtos por trabalharem na padronização dos animais adquiridos baseados no sistema de produção, e por adotarem práticas na indústria que otimizem a qualidade da carne. Contudo, há muito ainda a ser feito, principalmente quando nos comparamos a países que estão mais avançados no processo de garantia de qualidade para o consumidor, como a Austrália e o EUA. Nestes países, existem sistemas nacionais de classificação da qualidade da carne com base em avaliações de carcaça. Estes sistemas possuem diferenças importantes, mas ambas consideram que animais com baixa maturidade fisiológica avaliada por ossificação das vertebras e contrafilés marmorizados apresentam carnes mais macias e saborosas e, portanto, recebem selos de qualidade superior, os quais auxiliam os consumidores no momento da compra.

Como podemos produzir animais com baixa ossificação e alta marmorização para termos carne de qualidade superior?

A resposta é simples, controlar todos os fatores que afetam a qualidade da carne (ambas são afetadas pela genética, alimentação e manejo dos animais), mas obviamente, não é nada fácil produzir neste contexto. Mesmo naqueles países, menos de 5% dos animais abatidos produzem carne 5 estrelas ou prime (nomenclatura utilizada pelo sistema australiano e americano, respectivamente). Além disso, existem outras características importantíssimas para garantir qualidade em sistemas de produção bastante heterogêneos como o caso brasileiro, tais como pH, peso de carcaça, espessura de gordura, método de pendura e tempo de maturação.

As pesquisas conduzidas pelo Meat Standard Australia (maior base conhecida em testes sensoriais de carne com consumidores), demonstram que animais que reúnem diversas características desejáveis (“animais excepcionais”) aumentam a gama de cortes classificados como macios e saborosos, enquanto que em animais de características inferiores, estas qualidades ficam restritas em níveis satisfatórios a poucos cortes, como contrafilé, picanha e filet mignon. Esta relação entre qualidade do animal e do corte cárneo explica a preferência dos consumidores brasileiros por aqueles cortes, uma vez que ficamos por muitos anos consumindo carnes apenas de animais de qualidades bastante discutíveis (com idade avançada e bastante magros).

Com avanço da tecnologia já existem diversas formas de predizer a qualidade da carne, mas muitas travam em questões de viabilidade operacional e econômicas (exemplo: força de cisalhamento, índice de fragmentação miofibrilar, espectroscopias e análise calpastatina). Por estes motivos, ainda se utilizam de protocolos de criação (raça, sexo, peso e acabamento) para definir a qualidade do animal. Como já mencionado, são muitos os fatores que afetam a qualidade da carne, mas ao monitorar as principais características do animal/carcaça já seria suficiente para predizer o nível da maciez e do sabor da carne com relativa acurácia. Como cada fator afeta a qualidade da carne será o tema dos próximos artigos.

Molho de cerveja Pilsen para churrasco

Que churrasco e cerveja combinam perfeitamente nós não temos dúvida, mas você sabia que além da harmonização com o prato a cerveja pode também entrar no preparo dele?  No artigo de hoje, aqui na coluna do Clube do Malte você vai aprender a preparar um delicioso molho de cerveja Pilsen para churrasco. Com ele você vai dar aquele upgrade em qualquer carne assada.

E quer outra dica? Você pode usar esse molho para acompanhar um belo hambúrguer. Fica uma delícia!

Receita de molho de cerveja Pilsen para churrasco

Ingredientes:

  • 1/2 xícara (chá) de açúcar;
  • 1/4 de xícara (chá) de mostarda;
  • 1/2 xícara (chá) ketchup;
  • 1 colher (chá) de molho inglês;
  • 1/2 xícara (chá) de cebola picada;
  • 1/2 colher (chá) de sal;
  • 1/2 xícara (chá) de cerveja pilsen;
  • Pimenta a gosto.

Modo de preparo:

Misture bem todos os ingredientes. Leve ao fogo em uma panela média. Quando levantar fervura, deixe cozinhar por mais 5 minutos em fogo baixo, mexendo sempre. Pronto! Você já pode servir diretamente na carne ou separadamente. Se você não curte molhos na carne, temos uma alternativa perfeita para a receita: asse hambúrgueres na churrasqueira e acrescente o molho quando a carne for para o pão.

E lembre-se, a cerveja Pilsen é também uma ótima pedida para tomar junto com o churrasco. É uma cerveja leve, fácil de beber e que pode ser consumida por mais tempo, enquanto rola aquele papo bom com os amigos.

O que é o Molho Chimichurri? Veja uma receita rápida.

O chimichurri, que até então era um molho tradicional na Argentina e Uruguai, caiu no gosto dos brasileiros e está cada vez mais presente nos churrascos. Há várias suposições para o nome, mas a mais plausível conta que um irlandês chamado Jimmy McCurry criou a receita e, como seu nome era de difícil pronúncia para os argentinos, eles passaram a chama-lo de Chimichurri.

O molho lembra um vinagrete, mas além de ser usado quando a carne está pronta, pode servir também para marina-la antes do preparo.

Há chimichurri de diversas marcas, e pode ser facilmente encontrado nos supermercados, açougues e boutiques de carne.

E também pode ser preparado em casa, confira uma receita:

Ingredientes

  • ½ xícara (chá) de salsinha fresca
  • ½ xícara (chá) de orégano seco
  • 2 pimentas dedo-de-moça
  • 3 dentes de alho
  • 2 colheres (sopa) de vinagre de vinho tinto
  • ½ xícara (chá) de azeite
  • ½ xícara (chá) de água
  • ½ colher (sopa) de sal grosso

Modo de preparo

1. Prepare a salmoura: numa panela pequena, coloque a água e o sal grosso. Leve ao fogo alto e deixe cozinhar até ferver. Transfira para uma tigela e deixe esfriar. Enquanto isso, prepare os outros ingredientes.

2. Lave, seque e pique fino as folhas de salsinha. Lave, descarte as sementes e pique as pimentas dedo-de-moça em cubinhos. Descasque e pique fino os dentes de alho.

3. Na tigela com a salmoura, acrescente a salsinha, as pimentas e os dentes de alho picados. Junte o orégano, o vinagre e o azeite. Misture bem e deixe descansar por, pelo menos, 1 hora antes de usar – quanto mais tempo descansando mais gostoso o molho fica.

OBS: Você pode armazenar o chimichurri num pote com fechamento hermético por até 10 dias na geladeira.